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Mostrando postagens de julho, 2021

Dinâmicas corporais (em aula)

Que delícia foi me lembrar de que tenho um corpo! Eu naturalmente tenho muita abertura pra esse tipo de atividade e gosto bastante, então tentei explorar ao máximo todas as sensações e os sentimentos que afloraram com essa experiência. No âmbito da arquitetura em si, foi muito revelador. Estamos sempre programados pra pensar o espaço em quesitos de funcionalidade e estética, né? Tudo muito na nossa cabeça, sem nem pensar que, de fato, os locais são concretos e essa concretude tem um impacto no nosso corpo físico. Larissa e Ana me inspiraram bastante, espero ser uma arquiteta que consiga "acordar" as experiências corporais dos outros através de meu trabalho também.  Muitos acham "bobagem" e "nada a ver" esse tipo de coisa, mas eu acho algo fenomenal! Não é simplesmente incrível quando nos recordamos de que nosso ser é indissociável de nosso corpo físico e que interações desse organismo com o espaço podem nos proporcionar diversos sentimentos?! Não é um absu...

Marina Abramovic: The Artist is Present (2012)

Eu não tenho palavras. Desculpa gente, eu só não tenho. Eu nem sabia que arte podia ser assim. O jeito que Marina Abramovic performa é realmente extraordinário. Tô meio boba de tão impressionada. Acho que a pessoa tem que ser diferente mesmo, algum tipo de gênio pra pensar e fazer arte desse jeito. Olha, vou ser sincera: são 03:59 da manhã de segunda-feira e eu só vi o filme agora porque mais cedo estava assistindo a Rayssa fadinha ganhar medalha de prata no skate das Olimpíadas de Tóquio. Eu vou ter que acordar pro dia daqui a mais ou menos 3 horas. Mas não importa. De verdade esse filme foi uma das melhores coisas que eu já vi na vida. Eu não sabia que a arte poderia ter essa forma, esse efeito. Sei lá, tô doida. A Marina me inspirou a ser honesta então tô só escrevendo do coração mesmo... Sei lá o que dizer to doidona de Marina de verdade.  Antes eu achava que performance era meio que uma atuação, sabe? Mas aí ao longo do filme eu fui percebendo que era extremamente real, e por ...

Desenho por instrução

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Atividade realizada durante aula síncrona do dia 22/07

κινούμενη αφίσα 3

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Para a versão final do cartaz, ao invés de mexer muito na questão estética, que achei que ficou bacana no segundo, eu quis incorporar mais ainda as teorias de Flusser nos elementos da animação. E foi assim que surgiu minha ideia de "Google Tradutor". Coloquei a tradução de "diálogo com flusser" em 6 línguas para mostrar que, após transformar a escrita linear em imagem técnica, a manipulação através do computador ainda permite a rápida tradução das palavras.  Aí você deve estar pensando: "Tá, mas o que isso tem a ver com Flusser?"  Tudo!! Bom, pra começar, Flusser falava 5 das línguas que aparecem no cartaz: inglês, português, alemão, tcheco e francês (o japonês e o russo eu coloquei por questões estéticas mesmo, pra aparecer alfabetos diferentes e dar um efeito mais "impressionante" haha). E, mais importante, ele estudou a própria teoria da tradução! Isso e também o fato de que utilizava intensamente a retradução como método de transmitir ideias,...

Raquel e a saga dos 190 frames

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 Sim, gente, a segunda versão do meu cartaz animado é composta por exatamente 190 frames.  Eu tinha até pensado em alterar o modelo do computador que tinha usado no anterior, tentar realinhar as frases pra mudar a aparência, algo mais simples... mas aí pensei: "Ah! Quer saber? Quero me testar e experimentar!!"... E acabou dando um trabalhão danado, mas valeu à pena! Se na primeira versão eu quis brincar com a ideia de estar editando a imagem técnica, nessa eu quis ir além: eu quis transmitir a percepção de edição da realidade, de converter o "real" para o digital ao manipular o que estava escrito em um papel. Em poucas palavras: é como se ao selecionar a caligrafia manual em uma folha concreta, o software já a reconhecesse e a transformasse em uma frase em Helvetica padrão, que pode ser manejada de infinitas maneiras. As palavras em lápis foram grafadas por mim em uma folha A4, são de cunho próprio. A referência que usei para o design delas foi o artista CB Hoyo, cu...

Análise gráfica - caos/ordem X figurativo/abstrato

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Cartaz Animado

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Minha primeira ideia foi fazer a animação letra por letra, como se o computador da imagem estivesse “digitando sozinho as palavras que aparecem no monitor dele”, mas eu percebi que não importa o efeito que eu colocasse nunca parecia que o escrito estava NO monitor de maneira natural, mas sim SOBRE ele. Não dava a impressão de que a máquina da foto estava gerando os caracteres, mas sim alguém digitando por cima de uma figura. E foi pensando nisso que.. plim! Do nada acendeu uma lâmpada na minha cabeça e eu pensei: é isso! Eu QUERO que as pessoas notem que tem alguém editando o cartaz! Como Flusser fala sobre a imagem digital e sua manipulação devido às tecnologias, meu objetivo foi fazer uma obra que se mostra, de início, estática, mas que depois surpreende o espectador quando aparece um mouse editando os componentes. Imaginei alguém olhando e pensando consigo mesmo: “Ó! É mesmo! Alguém fez e moldou esse cartaz em um computador!”, porque às vezes esquecemos que toda informação que vêm p...

La Antena (2007)

Vou falar na sinceridade: odiei o filme. Desculpa, profs… Acho essas coisas em preto e branco super macabras, foi horrível pra mim assistir porque sou medrosa demais!! Sei que é bobeira mas de verdade eu sinto muito medo, ainda mais que vi agora de noite sozinha no meu quarto! O principal que eu captei da história é que a cidade era “sem voz” porque toda a comunicação era visual, como se as palavras que víssemos na tela não fossem mera legenda mas sim o que os próprios personagens veem. Nesse lugar, apenas o menino sem olhos e sua mãe, A Voz, tinham o poder da vocalização. A problemática principal ocorre quando o Dr. Y e o Sr. T.V. bolam um plano para roubar as palavras de todos mas, em última instância, eles são impedidos pelo garoto. Acho que tudo era pra ser uma crítica diferentona sobre a mídia e a televisão, mas não sei como... Ai, olha, não entendi nada!  Tenho que dizer, no entanto, que apesar de não ser do meu gosto a fotografia é interessante. As imagens são sincronizadas ...

Universo gráfico e pares de designers

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 Meu grupo (4) apresentará na segunda-feira sobre os seguintes artistas: - Rogério Duarte e a estética Tropicalista - El Lissitzky e Construtivismo Russo Seguem imagens das obras analisadas:

Helvetica (2007)

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Olha, a Helvetica tem seu lugar. Para mim, pessoalmente, isso é inegável. Ela tem uma mágica, um frescor, uma limpeza… Ela faz tudo mais agradável, confortável, seguro, suave. É como um dos designers diz na parte final do documentário (não me lembro as exatas palavras): se você for um designer ruim ou alguém que não faz design, use Helvetica Bold em um tamanho só e seu panfleto ficará bom. O próprio cartaz do filme já prova isso: não consigo pensar em outra fonte que formaria um pôster tão satisfatório como esse. Fiquei pensando em como o mundo é em Helvetica. Principalmente tudo no meu computador, nas redes sociais e nos sinais das ruas. Eu verdadeiramente não imagino outra maneira de ser. Meio que tem que ser Helvetica. Ela é perfeita pra isso. Tudo nela é tão satisfatório que as letras parecem quase “transparentes”. Ela faz tudo parecer "just right". É realmente incrível, impressionante esse poder. Entretanto, não consigo entender quando os designers do início dizem que H...

Flusser - Nossas imagens

O texto conseguiu me confundir mais do que o vídeo da palestra. Muito mais. Me fez inclusive pensar que não concordo com Flusser, pois a tese dele passou,  no meu ponto de vista, de ser "algo muito abstrato e portanto difícil de entender" para um conceito basicamente irreal. Sei que o objetivo era que nesse post fossem discutidas as questões levantadas anteriormente sob uma nova luz, mas a realidade é que "Nossas imagens" não me ajudou nada a compreender minhas dúvidas. Só  gerou mais perguntas.  Quando Flusser descreve os aparelhos como “caixas que devoram a história e vomitam pós-história”, parece que eles são “monstros” que modificam a imagem de maneira alheia ao homem, como se não  pudéssemos controlar o que eles capturam e mostram, como se não fosse o ser humano que os programasse… achei esquisito.  Mas quem faz o texto que programa as tecnologias não somos nós? E os textos escritos não são “programados” de certa forma também quando o autor seleciona aquilo...

Colagem digital: Episódio III - A vingança do alfabeto

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Queria começar dizendo que amei o Drops da Erica sobre os básicos do design digital. Foi o que mais me ajudou até agora! Os princípios mostrados me ajudaram muito a orientar meu trabalho e entender como posso organizar os elementos na composição de forma mais harmônica, materializando minhas ideias de uma maneira que fique "com menos cara de amador". O título do post (referência a Star Wars para quem não conhece haha) faz alusão ao fato de que tentei dar mais protagonismo às palavras como elemento estético formal e de escrita (tendo um papel comunicativo mais central) , e não só usar as letras para criar formas que se submetem à imagem como fiz da última vez. O princípio que regeu meu trabalho (apesar de não ter sido intencionalmente, eu "só fui fazendo" e experimentando) foi a assimetria dinâmica. A distribuição das flores deu a sensação de movimento, parece que elas estão caindo - gostei muito desse efeito. Outro aspecto que contribuiu muito para a formação da com...

Imagem Televisiva e Espaço Político - Vilém Flusser

Dizer que o pensamento expresso no trecho da  palestra  em questão é complexo seria um eufemismo. "Sentir" é a forma que melhor encontrei para descrever como absorvi o que foi dito: tenho a sensação, um sentimento de que compreendi as ideias, mas não saberia colocá-las em palavras. Nem explicar os porquês de eu achar que entendi a mensagem do vídeo. Sinto que assimilei o que Flusser quis dizer ao falar que "a imagem é mágica e anti-política". Sinto o quão assustador é "a imagem controlar a história" (que a partir de então, segundo ele, nem poderia mais ser chamada de história), sinto como os fotógrafos "dançam em torno de eventos", sinto como "a consciência política é infeliz"...  mas com certeza não consigo elucidar tais conceitos utilizando meus próprios termos.  Também não sou capaz de me posicionar e dizer se concordo ou discordo. Mas ao mesmo tempo nem sei como eu refutaria algo que ele disse, então acho que isso deve significar qu...

Texto como imagem

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 Fotografia produzida na aula síncrona de 01/06.

Lorem ipsum sobre Lorem ipsum

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Gente... eu tentei. I tried so hard. Nunca dei tanto de mim pra um trabalho de escola (no caso agora é faculdade né) na vida. Mas olha... QUE TREM DIFÍCIL! Com certeza, para mim, foi a atividade mais complicada até agora. Além do desafio enorme de aprender a lidar com as ferramentas do Photoshop (só deus sabe a raiva que passei pra conseguir colocar o texto nas formas), acho que minha criatividade morreu essa semana. Eu simplesmente não conseguia pensar em um jeito interessante de arranjar as palavras por nada nesse mundo :///  Para vocês terem uma ideia, essa foi minha primeira tentativa (que eu levei QUATRO horas pra fazer): Ficou parecendo um convite de aniversário/casamento super barango...... Tô morrendo de vergonha de mostrar! kkkkkkk mas é só pra vocês olharem com um pouco mais de carinho pra versão final, que é essa daqui: Para fazê-la eu me inspirei na temática floral da minha colagem digital anterior e nas formas circulares da lâmpada da Marina, que formavam a composição ...