O meu objeto

Como objeto que me representa, escolhi uma pequena ovelha de pelúcia. Meu pai a comprou em uma viagem à Bento Gonçalves (RS) e disse que assim que a viu lembrou de mim e achou "a minha cara". 

Muitos dizem que sou uma pessoa amigável, meiga e tranquila. Evito conflitos e gosto de ser carinhosa com quem amo. Tenho olhos grandes e sou baixinha. Creio que por a ovelha ser fofa, leve, feita de material macio, com traços suaves, ela remete à minha personalidade e aparência. 

O modesto objeto não apresenta imagem imponente, grande rigidez ou utilidade definida. Quando alguém o vê, é comum exclamar algo como "Que gracinha!" - é uma peça que geralmente proporciona emoções positivas ao observador, um sentimento de ternura. Isso ilustra bem os valores que busco seguir: para mim, o mais importante é ser uma pessoa pacífica e sossegada, flexível, sentimental, agradável, que vê beleza nas coisas simples, encontra alegria no cotidiano e convive bem com aqueles ao seu redor. Mesmo que ainda muitas vezes sem sucesso, é assim que tento ser. 

O que vou dizer a seguir já não faz parte dos porquês da minha escolha, inclusive só pensei nisso depois de já ter me decidido pelo objeto, mas é uma coincidência interessante: o nome "Raquel" deriva do termo hebraico Rahel, que literalmente significa "ovelha"! 

Os desenhos abaixo são, respectivamente, a representação da própria ovelha, do seu "local de moradia" (uma prateleira acima de minha cama) e da visão que ela teria de seu ponto de vista (ela enxergaria minha mesa de estudos).








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