Design: Obstáculo para a Remoção de Obstáculos? (2007) - Vilém Flusser

Hm.... eu achei que tinha entendido até o último parágrafo do texto, mas aí, no último momento, eu vi que não tinha entendido nada kkkkkkkkkk

Minha linha de pensamento foi a seguinte: O projetista faz a cultura, os objetos de uso. Nós precisamos desses objetos para "seguir nosso caminho" mas, ao mesmo tempo, eles se apresentam como obstáculos - isso é uma contradição. Hoje em dia ocorre o "design irresponsável", "com a atenção voltada apenas para o objeto". Isso seria um foco apenas nas questões pragmáticas do mundo, deixando de lado o que Flusser chama de "aspecto intersubjetivo". Essa conjuntura se deve ao contexto de valorização do progresso técnico científico acima de tudo, até um ponto onde se esquece do "progresso em direção a outros homens".

Até aí, eu achava que tinha pegado a ideia. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi uma arma. Ou uma câmera fotográfica. São objetos projetados para resolver questões utilitárias: um facilita atirar (seja lá para qual propósito) e o outro, a registrar imagens. Entretanto, esses mesmos bens se apresentariam como "obstáculos" ao, por exemplo, serem usados para ferir pessoas, ou então quando os indivíduos se esquecem de viver o momento porque estão tão preocupados em fotografá-lo. Também pensei nos carros (melhor mobilidade pela tecnologia vs. pior mobilidade pelo trânsito) e na televisão (informação mais disponível vs. parar de frequentar o espaço público) sob essa mesma lógica.

Acontece que eu acho que, na realidade, isso não tem nada a ver com o que Flusser queria dizer. Ou tem? Professores me ajudem!! kkkkkkk O que ocorreu foi que quando eu li a última parte que falava sobre o descarte e a percepção da efemeridade do design, que "resultaria numa cultura em que os objetos de uso significariam cada vez menos obstáculos e cada vez mais veículos de comunicação entre os homens. Uma cultura, em suma, com um pouco mais de liberdade.", deu um nó na minha cabeça.

Como assim menos obstáculos e meios de comunicação? O uso de um meio de comunicação como a internet ou a troca de cartas não automaticamente implica naquela dependência que acaba sendo um empecilho que Flusser fala no início do texto? E... liberdade? Não sei nem como encaixar isso no resto...

Bom, espero ter conseguido compreender ao menos um pouquinho do que era pra ser compreendido!

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